Nesta sexta-feira (5) a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim da emergência de saúde pública da pandemia do Covid-19. O alerta estava ativo desde janeiro de 2020, quando começou a pandemia, que causou a maior crise sanitária do último século.
"É com grande esperança que declaramos que a covid-19 não é mais uma emergência global", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom. A pandemia de coronavírus foi responsável por mais de 7 milhões de mortes, segundo a instituição. O vírus Sars-CoV-2 contaminou mais de 700 milhões de pessoas, mas especialistas apontam que o número foi muito maior, mas o acesso desigual a testes fez esses números não serem 100% corretos. A estimativa real de mortos passa dos 20 milhões.
O Brasil foi um dos países que mais sofreram com a pandemia, que chegou em fevereiro de 2020. Muitas das perdas se devem ao governo de Jair Bolsonaro (PL), que disseminava uma política negacionista e não agia de acordo com a situação. Perdemos quase 1 milhão de vidas.
A pandemia trouxe lock down, fechamento de comércio, quarentena, mudança brusca na vida de milhões de pessoas e muitas mortes. O fim da emergência de saúde pública significa que o vírus foi extinto?
Não, o Covid-19 ainda existe e contamina, mas em escalas que não são consideradas alarmantes a nível mundial. O desenvolvimento do imunizante, resultado de um esforço científico global, ocorreu em tempo recorde e isso também é um fato a nosso favor.
"Esse vírus veio para ficar. Ainda está matando e ainda está mudando. Permanece o risco do surgimento de novas variantes que causam novos surtos de casos e mortes", explicou Tedros. A imunização ainda é a saída para a prevenção de novos casos e precisa ser adotada pelos grupos de risco.