Depois do sucesso do podcast "A Mulher da Casa Abandonada", ficou claro que o público brasileiro também ama acompanhar as investigações e processos dos maiores crimes do país. Além de saber mais detalhes do que ocorreu, conseguimos ter acesso a informações privadas da polícia e da família, sendo um verdadeiro prato cheio para os fãs do gênero true crime.
Algumas produções, ainda, buscam trazer outra versão dos fatos, dando voz para pessoas que não foram ouvidas pela imprensa e mídia na época. É o caso de "Pacto Brutal", nova série da HBO Max, que fala sobre o assassinato de Daniella Perez, em 1992, com fotos inéditas e depoimentos que ninguém imaginava. Veja mais sobre a produção e confira 8 documentários que falam sobre crimes brasileiros!
Lançada em julho, "Pacto Brutal" dá mais detalhes do assassinato de Daniella Perez, filha de Gloria Perez. A jovem de 22 anos foi atacada pelo colega de elenco, Guilherme de Pádua e a sua esposa, Paula Thomaz. A criadora de novelas topou fazer o documentário se os assassinos não fossem ouvidos - e assim foi feito. A mãe da vítima, responsável pela próxima novela das 21h, conta detalhes marcantes do crime e do julgamento e autoriza a divulgação de imagens nunca antes vistas. De acordo com a HBO, "Pacto Brutal" se tornou a produção original da empresa mais vista no Brasil.
Originalmente parte de uma sequência de podcast, "O Caso Evandro" virou uma série no Globoplay em 2021. A produção fala sobre vários desaparecimentos de meninos no Sul, que assustaram os moradores da região. Um dos casos mais comentados foi de Evandro Ramos Caetano, de apenas 6 anos. Aos poucos, o crime vai se revelando ainda mais complexo, com envolvimento de figuras políticas importantes e motivos macabros. O caso continua tendo novas descobertas até hoje.
A série, lançada em maio de 2019, pela Netflix, fala sobre Wallace Souza, um apresentador polêmico de televisão, que se envolve na vida política. O homem era conhecido por perseguir criminosos e estar sempre um passo a frente das confusões que aconteciam em sua cidade. Depois, foi descoberto que Souza orquestrava uma série de assassinatos para conquistar o seu público da TV e ganhar autoridade na mídia, por sempre "descobrir os casos primeiro".
Os crimes de João de Deus foram tão impactantes que renderam duas séries documentais: "Em Nome de Deus" (Globoplay) e "João de Deus: Cura e Crime" (Netflix). O líder religioso, conhecido em todo o Brasil, foi denunciado por centenas de mulheres de abuso e violência. A própria filha de João de Deus foi abusada ainda criança e dá depoimento para a produção. Além disso, famosos que conheciam o médium, como Xuxa, também deram entrevistas para o título do Globoplay.
Lançada em 2021 na Netflix, a série levantou polêmica ao dar voz para Elize Matsunaga, condenada por assassinar e esquartejar o seu marido, Marcos. Na produção, vemos mais sobre o lado da criminosa, qual era a história dela com a vítima e ainda ouvimos depoimentos exclusivos dos advogados envolvidos no caso. Como todos os outros crimes citados aqui, o caso de Matsunaga parou o país quando veio à tona em 2012.
O filme dos anos 2000, dirigido por José Padilha, está disponível na Globoplay e mostra o crime de 12 de junho de 2000, em que um sequestrador invadiu o ônibus da linha 174, do Rio de Janeiro. O caso evidencia a recorrência da violência urbana na cidade, principalmente pelo fato de que o sequestrador, Sandro Nascimento, foi sobrevivente de outro episódio trágico do Rio: a cachina da Candelária. No final das negociações, o criminoso e uma refém foram assassinados.
Em 14 de março de 2018, a vereadora do Rio de Janeiro, pelo PSOL, foi brutalmente assassinada a tiros. O seu motorista, Anderson Gomes, também morreu na ação. Anos depois, a polícia conseguiu descobrir dois ex-policiais que foram responsáveis pelos assassinatos, mas ainda não é claro quem mandou matar Marielle. A vereadora era uma mulher negra, da favela e LGBTQIAP+, sendo uma grande perda para todo o país.
O filme, também disponível na Globoplay, conta a história do jornalista investigativo Tim Lopes, que foi sequestrado e assassinado aos 51 anos. No longa, o seu filho fala mais sobre o profissional, além de juntar depoimentos de admiradores de Tim. Para a produção, foram usadas imagens de arquivo do jornalista, além de falas exclusivas da família e amigos.