Quando os jovens dão início na vida sexual, várias dúvidas surgem na cabeça, é normal. Afinal, é uma grande novidade e muita expectativa envolvida. Mas é preciso entender que existem formas de evitar uma gravidez indesejada com métodos contraceptivos e, mais importante ainda, usar sempre camisinha, já que é a única forma de prevenir a contração de DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis).
Você com certeza já ouviu falar do HIV, o vírus da AIDS, certo? É muito importante falar sobre isso, já que os jovens têm sido o foco das campanhas de prevenção do Ministério da Saúde nos últimos anos. Estima-se que 866 mil pessoas vivem com o HIV no Brasil. Os dados mais recentes fazem um alerta: 73% (30.659) dos novos casos em 2017 ocorreram no sexo masculino. Então é sempre bom reforçar que a camisinha – masculina e feminina – deve ser usada!
Agora voltando ao tema dos contraceptivos, vale conversar com um médico para escolher a melhor opção para você. Todos os métodos que envolvem o uso de hormônios precisam ser analisados antes, caso a caso, já que envolvem muitos riscos para o corpo. Mas vamos às opções:
Mais conhecido como camisinha, é um contraceptivo utilizado no pênis, para impedir que o esperma entre no corpo da mulher.
A camisinha feminina, um pouco menos popular, é colocada na vagina antes da relação para impedir que o esperma entre no útero. Algumas mulheres reclamam do desconforto, porém dá para usar lubrificantes para deixar o uso melhor.
Esse é o método mais conhecido. Mas são muitas opções disponíveis no mercado. As pílulas são compostas por diferentes tipos de hormônios que servem para inibir a ovulação e evitar a gravidez. O uso de pílulas não é muito indicado para algumas mulheres, como as fumantes ou com pressão arterial elevada. O melhor tipo de pílula para cada paciente deve ser indicado por um(a) ginecologista, ok? Consulte o seu!
É um anel bem fino e mole que deve ser colocado dentro na vagina e que precisa ser trocado a cada mês. Ele possui hormônios, como estrogênio e progesterona, que são absorvidos na circulação e levam à inibição da ovulação. O método segue os mesmos cuidados da pílula.
O SIU ou DIU hormonal, é um aparelho pequeno e flexível que é colocado dentro do útero por um especialista. Assim como a pílula e anel, esse método também libera o hormônio dentro do útero e evita a gravidez. Ele pode ficar dentro do corpo até 10 anos.
Assim como o SIU, o DIU de cobre também é um aparelho pequeno e flexível que é inserido dentro do útero por um especialista. A diferença é que esse DIU é feito de cobre, um metal, e não possui nenhum tipo de hormônio. As mulheres gostam porque é um método contraceptivo muito eficaz (99,3%) e pode ficar inserido por 10 anos, além de estar disponível na rede pública.
Esse método é feito com uma injeção de hormônios, que é administrada uma vez por mês ou a cada três meses, dependendo do tipo de contraceptivo. Por envolver hormônios, funcionam como as pílulas e anéis também.
São pequenos selos que contém os hormônios de estrogênio e progesterona, que são absorvidos pela pele e vão diretamente para a circulação do corpo. Os adesivos devem ser usados por 21 dias, seguido de pausa de sete dias. Os benefícios, eficácia e contraindicações são os mesmos para os anéis vaginais e pílulas.
É uma haste bem pequena inserida sob a pele do braço da mulher para atuar como contraceptivo. Ele é invisível e evita a gravidez por até três anos. Ela contém um tipo sintético do hormônio feminino natural - a progesterona - muito semelhante aos presentes nas pílulas anticoncepcionais. Sua eficácia é de 99,95% e o custo varia de R$ 900 a R$ 2 mil. Assim como os outros métodos, não pode ser usado por qualquer mulher, principalmente as que fumam, têm hipertensão, etc.
É um copinho de silicone em forma de cúpula que é colocado dentro da vagina algumas horas antes do ato sexual para evitar a gravidez. É indicado que seja usado com espermicida para impedir que os espermatozoides cheguem aos óvulos. Sua eficácia é de 88%.
É uma substância química que mata os espermatozoides. Ele é encontrado em cremes, películas, espumas, géis e supositórios, que podem ser comprados em farmácias. No Brasil, a maior parte dos produtos é destinada às mulheres e tem uso intravaginal – que, dependendo da marca e formato, pode ser até aplicado com o dedo. Para os homens, existem preservativos com espermicida que funcionam como uma garantia adicional. Sozinho, ele tem uma eficácia baixa, de até 30%.
Deu para perceber que a maioria dos métodos é totalmente voltada para as mulheres, não é mesmo? Mas alguns pesquisadores começaram a criar uma pílula para os homens. Neste ano, no Encontro Anual da Sociedade de Endocrinologia dos Estados Unidos, os pesquisadores apresentaram o remédio chamado de undecanoato de nandrolona (ou DMAU, na sigla em inglês) – que reduzirão os níveis de testosterona e outros hormônios no corpo responsáveis pela produção de espermatozoides saudáveis dos homens.
Entretanto, a pesquisa ainda está no começo e os experimentos avançando aos poucos, como foi informado no site da revista Saúde.