A modelo Cara Delevingne foi vista em estado crítico em aeroporto nos Estados Unidos neste mês. Visivelmente incapaz de controlar os movimentos do corpo e com aparência debilitada, a atriz de "Esquadrão Suicida" preocupou não só fãs e familiares, mas seus amigos também. Prova disso, Margot Robbie foi flagrada abalada e chorando muito ao deixar a mansão da amiga em West Hollywood.
A visita da estrela de "Barbie" é um sinal de que os amigos estão, sim, prontos e dispostos a oferecer apoio quando você mais precisar. Uma saúde mental abalada pode levar a pessoa à depressão, inclusive a ideações suicidas. Ao Purebreak, o psicólogo André Barbosa explica que alguém cometido a tais doenças, muitas das vezes, não conseguem verbalizar sobre suas emoções, não pelo sofrimento que vai ter, mas pelo que poderia causar nos entes queridos. "A presença deles é essencial para esses indivíduos", destaca.
A empatia é o estado emocional de se colocar no lugar do outro. De acordo com André Barbosa, com amigos e familiares este sentimento é involuntário e aparece de forma ainda mais forte. No entanto, nós, serem humanos, conseguimos praticar esse ato até com desconhecidos, pois esse é o conceito que nos mantém civilizados e funcionais em comunidade:
"Nossa mente inconsciente absorve a dor do outro em um exercício inconsciente. Infelizmente, com o advento da internet, estamos perdendo um pouco dessa essência tão humana. Empatia, portanto, é a cola social que nos mantém em estado de uma busca de harmonia".
Mas como reconhecer que nossos amigos estão passando por problemas e precisando de ajuda? O psicólogo alerta para as formas veladas, como isolamento, comportamentos autodestrutivos, compulsivos, como excesso de compras, comida, drogas e até mesmo sexo. "Alguns pedidos de socorro ainda são encarados com uma certa normalidade, como por exemplo, o excesso de trabalho. Temos uma tendência, como sociedade, de normalizar e aceitar, quando acabamos sem perceber que o outro está se afundando", alerta.
Mas será que é possível ajudar um amigo de uma forma sem que nossa saúde mental também não seja afetada. André Barbosa explica que é difícil estabelecer o nível de afeto na dor do outro. Ele finaliza: "Não temos tanto controle dessas limitações psíquicas, mas podemos encorajar o amigo a buscar ajuda devida, um psicólogo, por exemplo. Além disso, desenvolver hábitos saudáveis que ajudam no humor e ansiedade, como ir à academia ou praticar um esporte. Essas são formas eficientes de ajudar e não adoecer junto".