Sabemos que as séries e filmes vivem abordando assuntos sobre o feminismo, o que contribuiu e muito para a luta das mulheres. Além dessas obras de ficção, os livros podem ser ótimas opções para quem quer se aprofundar em um assunto tão importante e atual. Simone de Beauvior, Chimamanda Ngozi Adichie e Angela Davis... você com certeza já ouviu o nome dessas mulheres, certo? Elas criaram obras maravilhosas, consideradas verdadeiras bíblias do feminismo.
Pensando nisso, o Purebreak separou 10 livros que só uma feminista de verdade, ou que ainda está "em construção", precisa conhecer. São obras que abordam diversos assuntos, de diferentes pontos de vista. Bora combater o machismo nosso de cada dia?
"Ninguém nasce mulher: torna-se mulher". O livro de Simone de Beauvior, de 1949, é uma das obras mais importantes para o movimento feminista e essa frase é bem famosa, tanto que foi tema de uma pergunta do Enem de 2015. Neste livro, a autora discute o que é, afinal, ser uma mulher na sociedade, de uma forma bem filosófica.
A psicóloga Clarissa Pinkola Estés compara o comportamento dos lobos – sempre pintados como os vilões nos contos de fada – com as mulheres e como elas vêm sendo tratadas na sociedade. A autora aborda 19 mitos - lendas e contos de fadas -, como a história do patinho feio e do Barba-Azul, e expõe como a natureza instintiva da mulher foi sendo domesticada ao longo dos tempos. Se você quer se aprofundar nessas questões bem íntimas, esse livro é pra você!
Esse livro surgiu de um discurso feito por Chimamanda Ngozi Adichie, no TEDx Euston, e virou até trecho da música "Flawless", da cantora Beyoncé? "Feminista: uma pessoa que acredita na igualdade social, política e econômica entre os sexos", fala a autora. Essa é apenas uma parte da obra, que é uma ótima referência entre as feministas. Adichie parte de sua experiência pessoal de mulher e nigeriana para mostrar que muito ainda precisa ser feito até que alcancemos a igualdade de gênero.
Bell Hooks, autora do livro, já foi eleita uma das principais intelectuais norte-americanas, pela revista Atlantic Monthly. Nesta obra, ela apresenta a natureza do feminismo e seu compromisso contra o sexismo, além disso, vários outros assuntos são abordados também: políticas feministas, direitos reprodutivos, beleza, luta de classes feminista, feminismo global, trabalho, raça e gênero, masculinidade feminista, maternagem e paternagem feministas, casamento e companheirismo libertadores e o fim da violência. É um livro bem completo!
Mais importante obra de Angela Davis, o livro mostra o panorama histórico e crítico da luta anticapitalista, da luta feminista, da luta antirracista e da luta antiescravagista, passando pelos dilemas contemporâneos da mulher. Não é à toa que o livro é considerado um clássico sobre a interseccionalidade de gênero, raça e classe. Por ser negra, a perspectiva adotada por ela desloca olhares viciados sobre o tema e atribui centralidade ao papel das mulheres negras na luta contra as explorações que se perpetuam no presente.
O livro da brasileira Djamila Ribeiro reúne um longo ensaio autobiográfico e uma seleção de artigos publicados no blog da revista CartaCapital, entre 2014 e 2017. No texto em que abre a obra, a filósofa conta fatos de sua infância e adolescência para discutir o que chama de "silenciamento". Além disso, Djamila esclarece conceitos como empoderamento feminino ou interseccionalidade. Ela aborda ainda assuntos como limites da mobilização nas redes sociais, as políticas de cotas raciais e as origens do feminismo negro nos Estados Unidos e no Brasil.
Esse nome dá uma curiosidade, né? Pois é, o título tem motivo bem legal: É uma referência à duas personagens shakespearianas - Calibã e sua mãe, Sycorax, uma bruxa - para simbolizar a dimensão sexista e racista que o capital impõe a quem resiste à sua ordem. No livro, Silva Federici fala sobre a violência brutal contra as mulheres durante a transição do feudalismo para o capitalismo na Europa.
Este livro da jornalista Naomi Wolf traz um debate bem legal, como o próprio título já deixa claro. A autora afirma que "o culto à beleza e à juventude da mulher é estimulado pelo patriarcado e atua como mecanismo de controle social para evitar que sejam cumpridos os ideais feministas de emancipação intelectual, sexual e econômica conquistados a partir dos anos 1970". A ideia dela é confrontar mesmo a indústria da beleza, que as mulheres conhecem bem.
Quem nunca passou por isso, o famoso mansplaining? Pois é, Rebecca Solnit passou por uma situação dessas, que um homem passou a festa toda falando de um livro que ela "deveria ler" quando, na verdade, ela era a autora. Engraçado, né? A partir dessa situação, Rebecca traz textos feministas, ensaios irônicos, indignados, poéticos e irrequietos sobre as diferentes manifestações de violência contra a mulher, que vão desde silenciamento à agressão física, violência e morte.
Maya Angelou, uma mulher inspiradora que foi uma das maiores ativistas do movimento negro nos Estados Unidos, tem diversos livros além deste citado. Na obra, a autora traz suas memórias de infância nos anos 30 e 40, em um mundo cruel e racista. Maya mostra um tocante retrato da comunidade negra dos Estados Unidos durante a segregação. Este livro é considerado um clássico!