No mundo do cinema e da televisão, a gente vê de tudo. Se muites artistas tiveram que se aventurar em cenas completamente nus, por exemplo, váries outres atores e atrizes tiveram que mergulhar de cabeça em outra nacionalidade em nome de um papel.
Às vezes isso acontece com responsabilidade e a escalação de determinada pessoa faz sentido. Em outros momentos, vemos mais brances assumindo papéis que poderiam ser de diferentes raças, em uma prática conhecida como whitewashing - tudo depende do contexto.
Separamos aqui 8 vezes que atores e atrizes interpretaram outras nacionalidades e como isso foi recebido!
Um dos maiores papéis da atriz que protagoniza "Quanto Mais Vida Melhor" foi como Jade em "O Clone". Na novela, de 2001, Giovanna faz a personagem brasileira com ascendência marroquina. Seus pais eram mulçumanos e, depois da morte de sua mãe, no Rio de Janeiro, ela vai até Marrocos, morar com o seu tio, e se reconectar com a cultura de sua família. Na vida real, Antonelli tem raízes na Europa.
Esses merecem estar juntinhos, já que foi na mesma produção: "Caminho das Índias". A novela ficou conhecida por trazer a cultura indiana para a TV brasileira - pelo menos, uma interpretação do país gigantesco, com mais de um bilhão de habitantes. Como protagonistas temos Juliana Paes e Rodrigo Lombardi, que interpretam Maya e Raj, respectivamente. Os dois são indianos, com passados diferentes, que se cruzam ao longo do enredo.
O rei das nacionalidades! Tony Ramos é um nome clássico nas novelas brasileiras. O ator já foi de tudo! Em "Caminho das Índias", por exemplo, ele faz Opash, pai de Raj, que é indiano. Mas ele também já interpretou um grego, Niko Petrakis, em "Belíssima", um cubano em "As Filhas da Mãe" e, claro, o Totó, personagem italiano de "Passione". É versatilidade que fala!
Em "Sol Nascente", Luís Melo foi Kazuo Tanaka, neto de uma japonesa que chegou ao Brasil há muitos anos. Ele, inclusive, foi o pai de criação de Alice, interpretada por Giovanna Antonelli. Na época, a escalação gerou polêmica e, inclusive, muitos acreditam que o papel de Alice foi "tirado" de Danni Suzuki. Em um cenário de pouquíssima representatividade asiática na TV, é algo que vale a pena se pensar.
Falando em representatividade asiática, Rodrigo Pandolfo é outro ator branco que estrelou como personagem de outra nacionalidade na televisão brasileira. O ator interpretou um descendente de coreano, Shin, na novela "Geração Brasil". Em entrevista à Globo, lá em 2014, ele chegou a revelar técnicas para parecer com um asiático, com o uso de fitas e barbantes. Não seria mais fácil contratar um artista que realmente é coreano?
Em "Alma Gêmea", de 2005, Priscila Fantin não fez alguém de outra nacionalidade, mas sim etnia. A atriz branca de olhos claros entrou para a história como Serena, uma indígena, que é a reencarnação de uma mulher da cidade, e decide ir para São Paulo. Em determinado momento da novela, a personagem insiste em dizer que pode ser branca de cor, mas seu coração está na mata. Mais uma vez, uma chance de colocar indígenas na TV que foi perdida.
Antonio Calloni, ator de ascendência europeia, fez o turco Mustafa em "Salve Jorge". Na novela, que foi ao ar em 2012, ele interpretava um comerciante de tapetes. Mas, assim como Tony Ramos, Calloni se aventurou em outras nacionalidades anteriormente. Na já mencionada "O Clone", o ator fez Mohamed, um marroquino. O artista chegou a revelar em entrevista que os dois personagens - de locais totalmente diferentes - eram confundidos no começo de "Salve Jorge".
Infelizmente, Serena não foi a única indígena interpretada por atore brance. Rodrigo Simas também é um exemplo. O caso ocorreu na novela "Novo Mundo", em que Simas faz um indígena chamado Piatã. Em entrevista ao Extra, em 2017, o ator defendeu o papel, afirmando que a cultura desses povos "ainda é muito pouco explorada" na televisão brasileira. E, com ele, continuou não sendo.