Tudo que desperta medo é intrigante para Fernanda Schneider. Mais conhecida como Fefe pelas redes sociais, uma das maiores criadoras de conteúdo do Brasil - com 15.8 milhões de seguidores no TikTok e 587,8 milhões de curtidas na plataforma - disse que curiosidade surgiu ainda pequena e, por conta disso, decidiu dividir essas histórias na internet. Em entrevista exclusiva ao Purebreak, ela listou seus true crimes e casos paranormais favoritos.
De acordo com Fefe, tudo indicava que ela seguiria para o caminho do Direito e questões criminais. "Meu avô foi detetive, meu pai é desembargador, minha mãe é advogada... mas preferi levar minha veia criminal para o lado artístico", disse ela, dona do canal no Youtube "Deixa Falar", que, atualmente, tem mais de 2 milhões de inscritos.
Nesse universo de true crime, Fefe fala sobre todos, sem exceção. No entanto, ela ainda não contou sobre o caso Ted Bundy, um dos mais famosos: "Acho que até hoje não consegui fazer um roteiro que sentisse que "entregou" o que eu quero falar sobre esse caso. Talvez por me solidarizar e identificar com algumas vítimas em específico, nunca consegui falar sobre. Talvez um dia...".
Para a influenciadora, falar desses acontecimentos mudou a forma de ver o mundo em relação à violência. "Sou muito mais atenta às coisas, aos sinais, sempre me sinto em uma série criminal. Em relação a espíritos e fantasmas, me deixou mais sensível a esse mundo em questão de ouvir, ver, sentir... Mas acho que já me acostumei. Antes, eu não dormia sozinha, agora eu já entendi que eles estão aqui e é isso", explica.
Uma curiosidade bem legal sobre o trabalho de Schneider, é que seus fãs vivem achando casos bizarros e mandando para ela fazer conteúdos sobre o assunto. "Meu direct é recheado! Às vezes, eles me contam até casos da família e peço autorização para contar. Sobre os crimes, eu gosto de ficar atenta às notícias para contar assim que eles acontecem, mas, para os casos mais antigos e históricos, fico horas no computador pesquisando, com a ajuda da minha equipe", diz.
Ao contrário do que muitos outros criadores de conteúdos fazem, Fernanda cria seus próprios roteiros. Ao Purebreak, ela detalha sobre o processo: "Eu penso em como queria que me contassem as histórias. Sempre amei ler e ouvir histórias, então eu queria tudo "mastigado": saber como e onde começou, quem conheceu quem e levou a tal atitude... Então meus roteiros são baseados nisso, em como eu gostaria de receber a história".
Fefe admite que são vários casos que a deixaram chocada e sem entender os humanos em si, mas o caso do Jeffrey Dahmer sempre é o primeiro que vem em sua mente. "Ter corações e cabeças humanas na geladeira nunca vai soar normal pra mim", afirma. Outro caso mais antigo é da primeira serial killer mulher registrada do mundo, Elizabeth Bathory, ou condessa sangrenta. "O caso dela aconteceu no século 16, e muito da história se perdeu também, mas foram mais de 600 vítimas, em sua maioria meninas de 10 a 14 anos. E, de acordo com a lenda, ela tomava banho com o sangue das meninas", conta.
E, para finalizar, a lista de histórias que a deixaram sem dormir: o caso da família Bell, que passou uma maldição. "Inclusive, esse caso inspirou o filme 'A Bruxa do Sino da Morte', de 2004. Foi filmado perto do local original dos acontecimentos. O diretor contou que teve dificuldades nas filmagens por conta de pequenos acidentes, como incêndios e diz que, na sua opinião, a bruxa em questão foi a culpada", finaliza ela, que ainda este ano estrela o filme "Avassaladoras 2".