Você piscou e o 3º mandato do Presidente Lula completou um mês. Mas, nestes 30 dias, muitas coisas aconteceram em nosso país, que já mostram a vontade de mudar e reestruturar uma nação que sofre com a fome e ainda supera as quase 700 mil mortes por Covid-19.
Em vídeo de comemoração, o Presidente agradeceu pelo apoio e comunicou que fará o necessário para o Brasil "ser feliz de novo". "A gente vai colher os melhores dias que vamos viver neste país", afirmou Lula.
Estamos acompanhando as ações do governo de perto e separamos aqui 10 coisas muito legais que já aconteceram no 1º mês de Lula de volta ao poder. Confira!
A crise sanitária dos Yanomamis é uma das principais pautas do momento. O Ministério da Saúde afirma que diversos indígenas foram resgatados com desnutrição severa, além de casos graves de doenças como malária. Instituições apontam que Governo Bolsonaro foi alertado, cerca de 20 vezes, sobre a gravidade da situação, mas ignorou. O ex-Presidente, porém, nega a acusação.
Os Yanomamis sofrem com o avanço do garimpo ilegal, que contamina a natureza e dificulta acesso aos postos de saúde. Logo após o resgate de alguns indígenas, Lula foi até Roraima, fez reunião emergencial e enviou forças-tarefas para o local. O Presidente também estipulou decreto para extinguir o garimpo ilegal na região.
O Brasil sofre com o racismo estrutural que excluí, violenta e mata milhares de pessoas negras todos os anos. Ainda no começo do seu 3º mandato, Lula equiparou o crime de injúria racial ao de racismo. O primeiro tinha uma pena menor e era onde se enquadrava os principais casos de preconceito, dificultando uma punição mais severa. Agora, ambos os crimes têm a mesma pena, que pode variar entre dois a cinco anos.
Apesar de sermos um país com muitos povos indígenas, que marcam a nossa história e o nosso presente, é a 1ª vez que o Brasil tem um Ministério dos Povos Indígenas. Liderado por Sônia Guajajara, o órgão tem como próposito entender as principais demandas da população, enquanto defende seu direito à própria terra. É, portanto, um dos Ministérios mais ativos durante a crise dos Yanomamis.
As mulheres também terão mais representatividade no 3º governo de Luís Inácio. O Presidente escalou 11 ministras, sendo o mandato com maior número de mulheres na posição. O recorde anterior pertencia a Dilma Rousseff, que teve 8 ministras. Além disso, Lula também indicou Tarciana Medeiros para ser a 1ª Presidente do Banco do Brasil.
O governo Bolsonaro foi marcado por segredos e orçamentos secretos com o uso do dinheiro público. Como prometido, Lula iniciou o processo para revogar o sigilo desde o dia em que tomou posse, apelando também para Lei de Acesso à Informação. Até agora, foram feitas algumas descobertas sobre os últimos 4 anos de presidência, como o gasto de R$ 55 mil no cartão corporativo em um único dia em uma padaria.
O Auxílio Brasil serviu como programa de assistência à população em situação de vulnerabilidade econômica durante o governo Bolsonaro, entretanto, o valor iria reduzir após 2022. Lula fez projeto para retornar com o Bolsa Família e garantiu a permanência do pagamento de, no mínimo, R$600 para as famílias que precisam do apoio do governo.
Uma das políticas de Bolsonaro era facilitar o acesso às armas de fogo, aumentando a insegurança e os riscos de mortes pelo Brasil. Logo no 1º dia de Governo, Lula assinou decreto que reinicia a política de controle de armas. Assim, o Presidente suspendeu novas licenças e tornou proibido para CACs (pessoas que possuem um tipo de licença específica) andarem com a munição na pistola.
O descaso do último Presidente com a natureza era nítido - apesar de todas as mentiras contadas na ONU e em outros eventos internacionais. Porém, parece que a situação vai mudar. No 1º mês do governo Lula, o atual Presidente retomou o Fundo Amazônia, estagnado desde 2019, para auxiliar na preservação do meio ambiente. Segundo o G1, países como Noruega e Alemanha já enviaram, ao todo, bilhões de reais para o Fundo.
Em 17 de janeiro, o Ministério das Relações Exteriores anunciou a saída do Brasil do "Consenso de Genebra", que é um acordo de várias nações que visa dificultar o aborto, em uma lógica de movimento "pró-vida" e "pró-família". Nosso país assinou a declaração durante o governo Bolsonaro, que não se importava com as pautas femininas e feministas, muito menos envolvendo o aborto - que é temática de saúde pública.
Por último, mas não menos importante, o Ministério da Saúde também revogou a obrigatoriedade de prescrição médica eletrônica para retirar medicamentos na Farmácia Popular. Assim o acesso dos que mais precisam é garantido, mesmo se a pessoa não possuir fonte elétrica para mostrar prescrição digital.