Simone Biles abandona prova nas Olimpíadas. Entenda o que rolou e o que muda para atleta brasileira
Publicado em 27 de julho de 2021 às 18:06
Por Luísa Silveira de Araújo
Competir nas Olimpíadas com certeza não é uma tarefa fácil, principalmente quando você é uma atleta como Simone Biles. A ginasta americana, de 24 anos, abandonou a prova na última terça-feira (27) durante a final de equipes para preservar sua saúde mental. Confira tudo o que rolou e o que isso significa para Rebeca Andrade, ginasta brasileira.
Olimpíadas: Simone Biles fora. Como isso afeta o Brasil? Olimpíadas: Simone Biles fora. Como isso afeta o Brasil?© Getty Images
Simone Biles desistiu da final de equipes, que aconteceu nas Olimpíadas nesta terça (27)
Olimpíadas: atletas sofrem impacto na saúde mental
Saída de Simone Biles em competição da Olimpíada pode ser positivo para Rebeca Andrade
Olimpíadas: Rebeca Andrade ficou em 2º lugar no individual geral, perdendo apenas para Simone Biles
Além de Rebeca Andrade, Flávia Saraiva representa o Brasil nas Olimpíadas
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Todas as pessoas estão suscetíveis à exaustão mental e física, fazendo com que uma pausa seja necessária. A ginasta olímpica e recordista Simone Biles não é exceção. A representante dos Estados Unidos desistiu da final de equipes na última terça-feira (27) após receber a sua pior nota em salto olímpico, 13.766. O time americano ficou em segundo lugar, atrás do Comitê Olímpico Russo.

Depois da competição, Simone Biles conversou com jornalistas e garantiu que a desistência não foi motivada por lesões ou problemas físicos, mas sim para preservar sua saúde mental. "Não somos só atletas olímpicos. Somos pessoas também e às vezes é preciso dar um passo para trás", afirmou a jovem.

Confira mais sobre o pronunciamento da ginasta e veja como isso pode afetar o Brasil, que segue em outras modalidades com Rebeca Andrade.

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Olimpíadas de Tóquio: Simone Biles surpreende ao desistir de competição em equipe © Getty Images
Simone Biles fala sobre saúde mental

A desistência da ginasta Simone Biles surpreendeu quem acompanhava a final de equipes da ginástica nas Olimpíadas de Tóquio. Após um desempenho abaixo do esperado, a atleta saiu da arena e deixou a competição. Depois de alguns minutos, Simone retornou ao espaço e acompanhou as apresentações de suas colegas de time.

"Tenho que me concentrar na minha saúde mental. Temos sempre que proteger nossas mentes e corpos e não apenas sair fazendo o que todo quer que a gente faça", afirmou. Além disso, Biles revelou que estava com medo de se esforçar demais e acabar se lesionando.

De toda forma, a decisão exigiu coragem, já que os Estados Unidos eram a grande aposta para o ouro em equipes. O país já ganhou cinco títulos mundiais seguidos, além de garantir o primeiro lugar nas Olimpíadas de Londres, em 2012, e do Rio, em 2016.

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Na última segunda-feira (26), Simone já tinha falado sobre a grande pressão que sentia, em post no Instagram. "Não foi um dia fácil para mim, mas eu superei. Eu realmente sinto que tenho o peso do mundo nos meus ombros às vezes. Tento retirá-lo e não deixar que a pressão me afete tanto, mas caramba, é difícil às vezes. As Olimpíadas não são brincadeiras", desabafou a menina.

O posicionamento da atleta trouxe um importante debate sobre saúde mental no esporte, não só nas Olimpíadas, mas durante todo o momento. Como Biles afirmou, corpo e mente devem estar saudáveis para que a performance dê certo. E, claro, o mesmo vale para todas as pessoas, independente da profissão.

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O que isso significa para o Brasil?

Por meio de comunicado do comitê estadunidense nesta quarta-feira (28), Simone Biles confirmou que, além da desistência da final em equipes, não participará da final do individual geral, que acontece na próxima quinta-feira (29). Até agora, a ginasta não tinha dado seu posicionamento oficial.

Com a saída de Simone, a brasileira Rebeca Andrade se torna a mais cotada para o ouro. Na classificação, a brasileira ficou atrás apenas de Biles no somatório de suas performances, pegando o 2ª lugar nos individuais gerais.

Olimpíadas de Tóquio: Rebeca Andrade pode ganhar medalha para o Brasil na ginástica © Getty Images

Após essa decisão, as ginastas seguem para as finais por aparelhos a partir de 1º de agosto. Rebeca compete também no salto e solo, enquanto Flávia Saraiva, outra ginasta brasileira, disputa a final da trave em 3 de agosto.

Andrade chamou atenção no Brasil e no mundo com sua apresentação ao som do funk "Baile de Favela", de MC João. Estamos torcendo para que a atleta repita o grande show e continue representando nosso país, independente do resultado no pódio!

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Saúde Mental Esporte Mundo Notícias Comportamento