Juliette deu o start na sua carreira musical com o álbum "Ciclone", lançado nesta quinta-feira (24). No início do mês, ela já tinha divulgado seu primeiro single "Quase Não Namoro", parceria com Marina Sena. No videoclipe, as duas cantoras sensualizam juntas em um cenário de época. Apesar da canção em si ter sido elogiada, o clipe recebeu muitas críticas. Juliette foi acusada de queerbaiting, prática em que se usa uma narrativa LGBT+ apenas para chamar atenção. Entenda!
Queerbaiting é uma prática que se apropria de temáticas LGBT+ com o único objetivo de chamar atenção. É basicamente como usar a comunidade LGBT+ de isca (bait, em inglês) para conseguir visibilidade. O queerbaiting é uma estratégia de marketing muito comum no cinema e na tv. Na maioria das vezes, insinuam que a produção vai abordar alguma temática LGBT+ ou que algum personagem terá relações homoafetivas, mas nada acontece. Alguns exemplos são "Riverdale ", que mostra Betty (Lili Reinhert) e Veronica (Camila Mendes) se beijando no primeiro episódio sem nenhum motivo, e a série do personagem "Loki", da Marvel, que foi apresentado como não-binário mas nunca foi abordado esse tema. O queerbaiting pode ser ofensivo para a comunidade LGBT+ porque trata sua causa de forma superficial, não ajuda em nada e ainda pode favorecer o fetichismo.
Juliette e Marina Sena sensualizam muito no clipe de "Quase Não Namoro". Elas agem de forma sedutora, trocam carícias e fazem diversas insinuações sexuais. Muitas pessoas acusaram o clipe de queerbaiting por se apropriar de uma temática LGBT+ e incentivar o fetichismo relacionado ao sexo entre mulheres (que já é um grande problema) apenas para ganhar visibilidade.
Juliette se defendeu das acusações de queerbaiting em entrevista para a BNews. "Eu tenho total respeito pelas causas. Eu sou muito cuidadosa com isso para que não seja um ponto negativo, que eu não descredibilize as bandeiras e as causas, real. Eu e Marina somos amigas, a gente já tem esse comportamento de se abraçar e se agarrar", se justificou.