"Batman" é um filmão e temos 10 provas disso

"Batman" estreia no dia 03 de março nos cinemas brasileiros. O filme pretende mostrar uma nova versão do herói, mais investigativa e com um tom noir. O título da DC Comics é um dos mais aguardados do ano e promete ser um grande sucesso. Para calar a boca de quem ainda está com um pé atrás com a obra estrelada por Robert Pattinson, o Purebreak já pôde conferir o longa e trouxe 10 provas que "Batman" é um filmão.

Boa parte da comunidade nerd ficou incrédula com a escalação de Robert Pattinson como o Batman. O ator, que se tornou mundialmente conhecido por seu papel na saga "Crepúsculo", evoluiu muito de lá para cá, ainda que o público não tenha acompanhado os diversos filmes em que ele atuou desde então. Além de conseguir passar uma forte carga dramática, Pattinson é a melhor escolha para o Batman pelo seu jeito sombrio e misterioso, que tem tudo a ver com o conceito que o diretor Matt Reeves pensou para essa nova versão do personagem. Ao longo da história, ele transmite super bem as oscilações emocionais proporcionadas pelas descobertas que faz, mesmo que, em muitas ocasiões, com apenas o seu olhar escondido por trás da máscara do herói.

E os outros integrantes do elenco de "Batman" não ficam para trás. Zoë Kravitz, que interpreta a Mulher-Gato no título, já fez participações em "X-Men: Primeira Classe", "Divergente", "Mad Max: Estrada da Fúria", "Animais Fantásticos e Onde Habitam", na série "Big Little Lies" e em outros sucessos. Mas é nesse filme em questão que ela mostra uma nova complexidade como atriz e entrega tudo como a felina mais misteriosa de Gotham.

Além da musa, também temos Andy Serkis, de "Vingadores: Era de Ultron", "Pantera Negra", "Star Wars: O Despertar da Força", "O Senhor dos Anéis" e "Planeta dos Macacos: A Origem"; e outros nomes como Colin Farrell, Paul Dano, Jeffrey Wright, com performances arrasadoras, Peter Sarsgaard e até Barry Keoghan, de "Eternos", que aparece ao fim do longa.

O título em questão mostra o segundo ano de Bruce Wayne agindo como o vigilante de Gotham. Atuando como a personificação da vingança entre os cidadãos da cidade, o Batman se enrola em uma investigação ao lado do Comissário Gordon (Jeffrey Wright). Mergulhando no submundo da cidade, eles tentam descobrir quem está por trás de uma série de atos sádicos, deixando pistas enigmáticas que dão a entender que Charada (Paul Dano) é o vilão da história.

Mas o caso leva o herói a descobrir uma onda de corrupção que assola Gotham e envolve até mesmo sua família. Batman, então, precisa forjar novos relacionamentos, desmascarar o verdadeiro culpado e fazer justiça, custe o que custar.

O diretor de "Batman", Matt Reeves, já falou em vários momentos que ele quis retratar uma versão do Batman que, até então, havia sido pouco explorada nos cinemas. O cineasta optou por aflorar o lado investigativo do super-herói, que é muito presenta nas HQs. Inspirado em clássicos noir, o filme conta com muito suspense e mostra um Batman detetive incrível.

Se você adora um bom mistério você vai amar e se surpreender com esse título. Outro ponto interessante de acompanhar a jornada dessa versão do Batman é ver como ele ressignifica toda sua existência como vigilante ao longo da história, ao passo que conhece as verdades secretas de Gotham e, com isso, de si mesmo.

Os vilões da trama por si só já devem valer o ingresso de "Batman". O personagem é conhecido por ter uma das mais interessantes galeria de vilões e coadjuvantes/anti-heróis das HQs e alguns dos mais famosos estão no longa de Matt Reeves. Isso inclui a Mulher-Gato, Charada e Pinguim (Colin Farrell).

Ao contrário de outros filmes que tentaram forçar diversos personagens para engrandecer a narrativa- como o próprio "Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge" - e acaba se tornando algo confuso, em "Batman", todos eles são peças fundamentais para entender a história. A investigação do protagonista o leva a encontrar cada um deles e seus relatos, cuja veracidade é difícil de distinguir, torna todo o seu trabalho ainda mais complexo e a busca cheia de reviravoltas.

A figurinista de "Batman" é a mesma que desenvolveu as peças de roupa para "Spencer" e já recebeu dois prêmios no Oscar por seu trabalho incrível. No longa estrelado por Robert Pattinson, o traje do herói é um elemento importante para contar sua história, uma vez que seu uniforme é algo que o público já conhece e, ainda assim, precisa ser atualizado para se encaixar no conceito de Reeves para a obra.

A maquiagem, por sua vez, também está incrível. Prova disso é a tinta preta que o vigilante passa nos olhos, que tem uma função criativa, interessante e útil para esconder sua identidade e manter um toque furtivo do Homem Morcego.

Já os efeitos especiais do filme tentam recriar situações mais realistas e lutas bem pé no chão, reforçando a realidade do longa e dando um nível de risco muito maior. Ao mesmo tempo, isso destaca os momentos mais hollywoodianos do protagonista, que te lembram que ele é, de fato, um super-herói.

Ao que tudo indica, não veremos o Batman de Robert Pattinson se encontrar com outros personagens do Universo Expandido da DC. Isso porque o diretor do filme tem planos para desenvolver o herói por conta própria. Então, "Batman" deve ser um longa isolado do DCEU, assim como foi "Coringa", e já sabemos como foi o resultado disso. No título, não temos referências diretas impactantes a nenhum outro astro do universo da marca, nem mesmo na cena pós-créditos. Todas essas coisas reforçam que a história da obra de Matt Reeves é toda e exclusivamente voltada ao desenvolvimento do Batman - e é isso que realmente queríamos e precisávamos.

Por último, uma das coisas mais legais do novo "Batman" é a mensagem que ele passa ao contar esse história do anti-herói. Enquanto Bruce Wayne entende que a vingança não é feitio de um herói e, principalmente, não é a verdadeira razão que o motiva a proteger Gotham, nós, espectadores, encontramos esperança no nosso próprio mundo.

Um protagonista que sabe os limites entre o certo e o errado e entende os problemas de uma lógica estritamente punitivista, indo contra o lema que os extremistas gritam em pleno pulmões "bandido é bandido morto", mostra o que é a verdadeira essência de quem está do lado "do bem" - algo que também é questionado o tempo todo no filme. "Batman" prova que muito além de abusar da violência ou de reforçar estruturas sociais hegemônicas, um verdadeiro herói é aquele que nos entrega luz em momentos sombrios.