"Heartstopper" é a série perfeita para quem busca representatividade LGBTQIAP+ e um romance de aquecer o coração. Não à toa, a produção, baseada nos quadrinhos de Alice Oseman, já foi confirmada para 2ª e 3ª temporada pela Netflix. Mas, para além da história em si, o elenco também faz questão de fazer a diferença e mudar o mundo, ainda tão LGBTQIAP+fóbico.
No último sábado (2), Joe Locke, Kit Connor, Sebastian Croft, Corinna Brown, Kizzy Edgell, Tobie Donovan e Jenny Walser foram à Parada LGBTQIAP+ em Londres e chegaram a rebater um grupo de homofóbicos, que se encontravam no local. Veja mais desse momento icônico e relembre 5 vezes que o elenco de "Heartstopper" foi mais do que necessário.
O Mês do Orgulho pode ter acabado, mas todo dia é dia de lutar contra a homofobia, como mostrou os integrantes do cast de "Heartstopper". Os intérpretes de Charlie, Nick, Ben, Tara, Darcy, Isaac e Tori marcaram presença na Parada LGBTQIAP+ que aconteceu na capital da Inglaterra e ainda enfrentaram um grupo de homofóbicos, que emitia discurso preconceituoso.
Com liderança de Joe e Sebastian, o grupo mandou o dedo do meio para todos os protestantes e ainda dançaram ao som de Whitney Houston. Uma conta no Twitter postou vídeo do momento, dando atenção a Kit Connor, que faz Nick. Porém, o ator fez questão de se pronunciar: "Estava filmando e gritando, mas por favor, não se enganem. Não foi 'Kit Connor e o resto do elenco'. Foi Joe e Sebastian na frente de tudo", escreveu.
Um dos protagonistas de "Heartstopper" também arrasou quando foi questionado, durante podcast "Reign With Josh Smith", sobre a pressão para revelar a sua sexualidade. Diferente do ator de Charlie, Kit Connor não entrou em detalhes sobre a sua orientação e mostrou que tudo bem optar por isso. "Ainda somos jovens para começar com essas especulações sobre sexualidade e nos pressionar a, quem sabe, sair do armário quando não estamos prontos [...] Me sinto perfeitamente confortável com minha sexualidade. Mas não vejo necessidade de me assumir. Não sou grande fã de rótulos. Não acho que precise me rotular, principalmente em público", afirmou o ator de 18 anos.
Não são só es fãs de "Heartstopper" que estão cientes da importância do elenco para o mundo. A atriz Yasmin Finney, que faz Elle na série, foi mencionada em discurso no Parlamento da Inglaterra, pelo político Luke Pollard. A fala foi feita quando se discutia a proibição de "terapias de conversão" para jovens LGBTQIAP+.
Em um momento, Pollard diz: "Para mim é Yasmin Finney, que interpreta Elle na série, não é apenas épica na atuação, mas na sua elegância e visibilidade como atriz trans [...] Ela não só me inspirou, como inspirou muitos jovens trans pelo mundo e salvou vidas".
A própria Yasmin reagiu a menção, afirmando ser um momento "para os livros de história" e que tem muito orgulho em ser uma artista preta e trans. Ela arrasa demais, né?
É claro que, com o sucesso de "Heartstopper", Joe Locke e Kit Connor deram várias entrevistas muito legais. Em uma delas, para o Digital Spy, a dupla de protagonistas listou alguns conselhos para quem está se descobrindo LGBTQIAP+ e, com certeza, ajudaram muitas pessoas. Joe, o intérprete de Charlie, afirmou que "suas diferenças são o que fazem você ser você e, por isso, devemos celebrá-las e ter orgulho".
Já Kit Connor afirmou que a série "tenta dizer aos adolescentes queer que eles devem se expressar completamente e serem autênticos. Mas ao mesmo tempo, também não está pressionando você a colocar um rótulo [...] Tudo bem não saber".
Sebastian pode interpretar Ben, um personagem homofóbico que ganhou muito hate em "Heartstopper", mas na vida real, o ator, que é grande amigo de Joe Locke, também faz parte da comunidade. Além de ter liderado o protesto contra os homofóbicos na Parada de Londres, ele também apoia muitas causas importantes. Em seu Instagram, ele linka para a própria campanha "Queer Was Always Here" - algo como "Queer sempre esteve aqui". A cada venda de camiseta, parte do lucro vai para a instituição "Choose Love".
No site, ele também conta sobre seu processo de criação e ideia por trás da arte. "Quis lembrar as pessoas com essa camisa que queer não só nos acompanhou por toda história da humanidade, como também nos antecedeu. A homofobia que é a novata por aqui", escreveu. Na camisa, usada por Kit Connor na Parada, conseguimos ver dois dinossauros juntos.