A 3ª temporada de "Sex Education" já está disponível na Netflix e para comemorar este lançamento importante, a Teen Vogue liberou nesta sexta-feira (17) uma entrevista completa com Emma Mackey, atriz responsável por trazer Maeve à vida. A jovem falou sobre a importância da série para a comunidade, citou alguns dos pontos altos dessa nova temporada e ainda refletiu sobre a evolução de sua personagem.
"Maeve está se permitindo ser ajudada e cuidada, o que não era algo que ela queria antes. Ela também está aprendendo a tomar decisões por si mesma", afirma Emma. A atriz também deu alguns spoilers sobre seus novos projetos para além de "Sex Education". Confira!
Evolução de "Sex Education"
A série, que foi lançada na Netflix em 2019, começou sendo uma proposta ousada da empresa, com o grande propósito de falar de sexo da forma mais natural possível e todos os problemas e questões que vêm com o tema. O sucesso, é claro, foi instantâneo e para além da vida sexual, os telespectadores querem saber das questões dos personagens no que se refere à escola, família e relações amorosas, como um todo.
"Esta série se tornou uma ferramenta educacional. É controverso e traz debates importantes. As pessoas falam sobre ela, porque é ousado e agora podemos dizer só que é a 'Sex Education'. Nós não precisamos nos provar mais ou justificar o que estamos fazendo", afirma Emma Mackey.
Melhores pontos da 3ª temporada de "Sex Education"
Durante a 3ª temporada, a irmã de Maeve, Elsie, vai para um lar adotivo. Isso, para Emma, se torna um dos enredos mais importantes para a Maeve desta nova fase. "A dinâmica com a mãe adotiva e o que isso significa para Maeve é importante. Eu acho que traz muitos traumas do passado [...] Esse aspecto da vida de Maeve é fundamental para entendermos por que ela é do jeito que é. Nós vemos mais da vida familiar de todos nessa temporada, o que eu realmente gostei", aponta Emma. "Sim, ainda é sobre a escola e ainda falamos sobre sexo e a vergonha que muitos adolescentes têm do tema. Mas também é sobre como sua outra vida, em casa, forma quem você é na escola".
Outro ponto importante é a convivência da personagem com a nova diretora da Moordale Secondary School, Hope (Jemima Kirke). Ao proibir que os alunos se expressem livremente - fazendo com que Maeve até se livre do seu piercing no nariz - a nova "chefe" cria uma relação de poder desagradável com os estudantes. "A Hope tenta criar uma identificação com ela, dizendo 'você pode ser alguém na vida... Eu era como você'. Ela usa frases que são manipuladoras, cheias de psicologia reversa, mas não de um jeito legal", explica a atriz.
Já no que se refere a outros personagens de "Sex Education", Emma dá destaque para a vida do Diretor Groff (Alistair Petrie) após perder tantas coisas - a esposa e o trabalho - e claro, a nova relação entre Jackson (Kedar Williams Stirling) e a adição mais recente da série, Cal (Dua Saleh), que é uma pessoa não-binárie. Isso, por si só, já é um grande tópico para a série e pode rolar debates muitos interessantes sobre não-binariedade. Mas além da dupla, Mackey dá destaque para Viv (Chinenye Ezeudu), amiga de Jackson, que também continua presente na vida do nadador.
"Estou muito animada para ver essa dinâmica. É um trio de pessoas tão interessante, porque eles são muito diferentes e trazem coisas diversas uns nos outros, o que é muito legal de ver na tela", aponta Emma.
Gravações na pandemia e próximos trabalhos
Para Mackey, a volta para os sets de "Sex Education" foi especial, principalmente levando em conta que, na época, os casos de coronavírus ainda cresciam. "Foi muito bom, acho que porque nós estávamos muito incertos e com dúvidas, como todo mundo, se voltaríamos a gravar ou não. Então ficamos muito animados e felizes de nos ver de novo - lembro principalmente dessa animação", afirma Emma.
Além de Maeve, a atriz se prepara para dar vida a outras personagens, diferentes da menina ousada e corajosa de "Sex Education". Ela afirma que é importante lembrar que, apesar de amar Maeve, ela pode fazer outras coisas também como atriz. Seus próximos projetos são "Emily", uma produção independente, e "Morte no Nilo", adaptação de livro de sucesso da escritora Agatha Christie. "Não foi uma estratégia da minha parte, mas acabei naturalmente indo para projetos mais focados na literatura e história. Acho que é um bom equilíbrio com a vibe super estilosa e moderna da série da Netflix", conclui a atriz.