Es fãs de DC Comics estavam muito animades para conferir "The Flash", o primeiro filme solo do herói, que quase contou com Bruna Marquezine no elenco, e está previsto para ser lançado em 2023. Porém, após uma série de polêmicas envolvendo protagonista Ezra Miller, o fandom começou a pensar se o longa realmente seria lançado.
"The Flash" encerrou as produções em 2021 e, desde então, Miller esteve em manchetes de jornais pelos motivos mais inacreditáveis - prisão por assédio, perturbação da ordem e até mesmo uma ordem de restrição temporária após invadir o quarto de um casal no Havaí.
Será que, então, a Warner poderia seguir com o mesmo que foi feito com Johnny Depp em "Animais Fantásticos", em que o ator foi substituído no 3º filme após ter seu nome relacionado a acusações de violência doméstica? Segundo a Variety e as fontes exclusivas, ouvidas pelo veículo, isso não vai acontecer com Ezra Miller. Entenda!
Apesar de grandes boatos sobre a substituição, parece que não vai rolar. Segundo a matéria da Variety, que entrevistou pessoas relacionadas à produção: "Não é possível substituí-le sem regravar todo o filme. Elu está em praticamente toda cena e não existe tecnologia suficiente para fazer essa mágica, sem recomeçar do zero. E refazer o filme não é realista em nenhum caso, principalmente uma produção que foi finalizada há meses e custou milhões de dólares". Ainda de acordo com o veículo, o orçamento para "The Flash" foi cerca de 200 milhões de dólares.
Portanto, a Warner segue com a intenção de lançar o filme e fazer de tudo para que o longa alcance o sucesso esperado - o que não seria possível sem o lucro obtido pelos ingressos no cinema. Além disso, Ezra era uma aposta da DC Comics para trazer mais diversidade ao elenco, sendo ume artista não-binárie e queer.
A Variety ainda lembra, por exemplo, que no caso de Johnny Depp, que foi substituído como Grindelwald, o ator tinha gravado apenas algumas cenas antes da demissão e da entrada de Mads Mikkelsen, o que facilitou todo o trabalho. No fim, o foco dos estúdios é ganhar dinheiro mesmo.
Outro ponto que está incentivando na decisão, também segundo a Variety, é que Miller não seria um nome tão conhecido pelo público e, assim, as suas polêmicas não causariam tanta comoção. Mesmo assim, Ezra conta em seu currículo filmes como "As Vantagens de Ser Invisível", "Batman vs Superman: A Origem da Justiça" e o próprio "Animais Fantásticos" - que já cortou algumas cenas de artista, após as confusões.
Além disso, sendo o primeiro filme de Miller no papel, elu ainda não tem a sua imagem associada ao herói, que muitas vezes tem a fama muito maior do que dos próprios artistas. "Resumindo, não é o Homem de Ferro de Robert Downey Jr", aponta o veículo. Isso significa que as promoções e eventos do filme poderiam passar longe de polêmicas, já que The Flash e Miller são indivíduos separados.
Por fim, a Variety também afirma que a Warner e a DC apostaram muitas fichas em "The Flash". No enredo, Barry Allen, o herói, volta no tempo para impedir que a sua mãe seja assassinada e acaba afetando todo o multiverso da DC. O estúdio já reconheceu o sucesso da narrativa - com "Homem-Aranha 3" de Tom Holland e "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura" -, portanto, seria uma forma de manter-se competitivo na corrida contra a Marvel.
Teoricamente, "The Flash" está previsto para sair em 23 de junho de 2023 - ou seja, ainda falta um pouco mais de um ano. Será que, até lá, o lançamento consegue se manter?