Uma das notícias que mais repercutiu esse ano foi a morte de 5 bilionários na implosão do submarino Titan, que realizou uma viagem até os destroços do Titanic. Muitas pessoas se perguntaram o que levou esses homens a fazer esse passeio tão perigoso. Independentemente do motivo que eles tiveram, a verdade é que muitos pesquisadores têm vontade de realizar viagens ao fundo do mar com inúmeras razões. A exploração subaquática permite uma maior observação científica e conhecer o planeta em profundidade. Isso não é muito diferente de pesquisadores que vão até o espaço para conhecer melhor o universos. Esses dois ambientes ainda são super desconhecidos pelo homem e despertam muita curiosidade. Mas afinal, o que é mais perigoso: explorar o espaço ou o fundo do mar? O Purebreak te explica!
Muita gente acha que o espaço parece ser mais distante e, por isso, é mais difícil de ser explorado. Porém, não é bem assim. A verdade é que muito mais fácil explorar o espaço do que o fundo do mar! A oceanografia é a área do estudo dos mares, uma ciência multidisciplinar que se dedica não só aos oceanos como os fenômenos que ocorrem nele e sua interação com o continente e a atmosfera. Além disso, também busca mapear o fundo do mar. Existem muitos estudos nessa área, mas, segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), apenas 20% do fundo do mar foi mapeado até hoje.
Para se ter uma ideia, podemos comparar a quantidade de pessoas que já foram ao espaço e ao fundo do mar. Segundo o Woods Hole Oceanographic Institution, o comparativo mostra que 12 astronautas estão na superfície lunar há uma média de 300 horas, enquanto apenas 3 pessoas gastaram cerca de 3 horas para explorar o Challenger Deep, que é o ponto mais profundo conhecido no fundo do mar da Terra. A diferença é absurda! Isso significa que nós sabemos muito menos sobre os mistérios do oceano do que os do espaço.
Existe um grande inimigo nas explorações ao fundo do mar: a pressão. Conforme uma pessoa desce para profundidades maiores, a pressão da água aumenta consideravelmente. No nível do mar, o corpo do mergulhador consegue suportar a pressão atmosférica, mas, quanto mais se mergulha, mais consegue sentir mudanças bem perceptíveis no corpo. A cada 10 metros, é adicionada uma pressão atmosférica.
Com o aumento da pressão, os órgãos começam a encolher. A pressão no peito e nos ouvidos também aumenta muito. Em um submarino, existem esforços que compensam a pressão interna, mas quando a pressão externa é extremamente grande, pode ocorrer implosão (que foi o que aconteceu no submarino Titan).
A pressão não é o único fator de risco. O fundo do mar conta com temperaturas muito baixas, falta de luz solar (ou seja, é extremamente escuro), escassez de oxigênio e outras condições que afetam não só o organismo como também o funcionamento de equipamentos de exploração. Além disso, como o fundo do mar ainda não foi bem explorado, há uma fauna desconhecida que pode apresentar riscos para a vida das pessoas. Existe a possibilidade de ter animais com mordidas muito fortes, que soltam venenos ou que possam causar qualquer outro risco de dano grave aos mergulhadores.