De acordo com Aileen Maria Marty, ex-oficial da Marinha e professora de medicina de catástrofes da Universidade Internacional da Flórida, em uma entrevista à CNN, os passageiros do submersível Titan provavelmente não perceberam a implosão do veículo. A pressão em tal profundidade seria imensa, fazendo a implosão ocorrer numa fração de milissegundo.
A especialista salientou que o cérebro humano não conseguiria processar a situação tão rapidamente: "O veículo teria colapsado antes que as pessoas dentro dele percebessem que havia um problema", disse ela. Durante uma implosão, um objeto desmorona subitamente se a pressão externa é maior do que a interna, um fenômeno que acontece de forma oposta a uma explosão. O menor defeito estrutural poderia desencadear tal catástrofe em tal profundidade. Assim, os ocupantes do Titan morreram sem nem saber que iriam morrer, nas palavras de Marty. "Essencialmente, dentre as várias maneiras possíveis de morrer, esta foi sem dor".
Após dias de busca intensiva, a Guarda Costeira dos EUA anunciou na quinta-feira que fragmentos de destroços foram encontrados quase 500 metros à frente do naufrágio do Titanic, a uma profundidade de cerca de 3.800 metros. Estes pertenciam ao Titan, que desapareceu com cinco pessoas a bordo. A Guarda Costeira descreveu o incidente como uma "implosão catastrófica" que matou os passageiros do veículo.