Nesta segunda-feira (29), comemoramos o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica. E, quando falamos de representatividade e visibilidade LGBTQIAP+, não podemos fugir do assunto política. É verdade que, com o começo dos debates presidenciais, o tema está quente nas redes sociais - porém, precisamos ir muito além.
Votar em candidates LGBTQIAP+, ou alides que defendam a comunidade, é a forma mais democrática de combater a homofobia. Por isso, em uma data tão importante quanto 29 de agosto, separamos 5 motivos para você votar em uma candidata lésbica - que leve a inclusão LGBTQIAP+ como pauta para seu mandato. Confira!
Representatividade é extremamente importante quando falamos de cargos políticos e não há dúvida: apesar de maioria numérica no país, as mulheres não são tão representadas. Segundo fontes do TSE, apenas 33,54% das candidaturas eram femininas nas eleições de 2020 e elas representaram apenas 12% de todos os prefeitos eleitos pelo país.
Por isso, votar em uma candidata lésbica é uma forma, também, de garantir que os direitos das mulheres serão levados em consideração por pelo menos parte dos nossos representantes. Porém, vale destacar, mais uma vez, que é importante analisar as propostas da candidata e entender como a bandeira LGBTQIAP+ é encarada pela pessoa - já que é preciso escolher alguém dispute a lutar.
O 2º motivo não poderia ser diferente: a representatividade LGBTQIAP+ importa muito e deve acontecer não só nas séries e nos filmes que amamos, mas também na política. Ou seja, na hora de escolher as pessoas responsáveis por fiscalizar órgãos públicos, propor leis e pensar no melhor para cada cidadão, você deve pensar também nas lutas que terão destaque para ela. Mulheres lésbicas, que levam a igualdade como pauta principal, são exemplos de candidates que vão levar a igualdade e diversidade a sério.
Mulheres LGBTQIAP+ podem ser minoria na política, mas não é por falta de opção. Todas as eleições, temos várias candidaturas incríveis, que não conseguem se eleger - mostrando, mais uma vez, a importância do voto. Em 2022, segundo a ONG Vote LGBT+, o Brasil terá recordes de candidates LGBTQIAP+, com pelo menos 49 mulheres lésbicas na disputa. A organização ainda mapeia as candidaturas por estado, com base na orientação sexual, identidade de gênero e raça autodeclarada. Se você ainda não sabe em quem votar, vale muito a pena conferir!
Quando ouvimos algumas coisas absurdas ditas por políticos candidatos e eleitos, chega a assustar. E, se queremos que o mundo seja mais acolhedor e menos violento com pessoas que fogem da norma hétero, branca, cis e masculina, precisamos começar pela política. Diminuir o número de pessoas homofóbicas eleitas é o 1º passo para garantir que o Congresso, o Senado e o Palácio do Planalto tenham a inclusão LGBTQIAP+ como prioridade.
Todo cuidado é pouco na hora de escolher o voto! É importante ver propostas, falas passadas e como a pessoa se posicionou em votações antigas, no caso de candidates que já foram eleites anteriormente.
Viver determinada realidade é a melhor forma de conhecer suas dificuldades e de saber, também, como enfrentá-las. Por isso, para termos um país que proteja a comunidade LGBTQIAP+, é essencial eleger pessoas que saibam o que é sofrer com o preconceito e violência. Infelizmente, as mulheres lésbicas são exemplo perfeito disso. De acordo com o Gênero e Número, 6 delas são estupradas por dia, sendo, na maioria, os chamados "estupros corretivos", na intenção de "mudar a sexualidade da pessoa".
Isso sem falar nas piadas homofóbicas, dificuldade de se impor - até mesmo dentro de própria comunidade LGBTQIAP+ - e tantos outros desafios. Portanto, mulheres lésbicas podem ser mais preparadas para ajudar e apoiar outras minorias políticas, dentro do Congresso ou Senado.