Assim como 2020, o ano de 2021 não foi fácil - principalmente em termos políticos. Algumas posturas do Governo Federal em relação à vacinação da Covid-19 e direitos das minorias tornaram tudo ainda mais difícil, mas acompanhar a política é importante. Ainda mais durante os próximos 10 meses até as eleições presidenciais.
Provando que a política tradicional - de partidos, deputados e governadores - pode afetar diretamente sua vida, separamos 5 acontecimentos marcantes de 2021 que vão te motivar a votar nesta eleição! E, claro, te contamos os prazos para emitir seu título de eleitor, caso você ainda não tenha o documento.
Prazo para tirar o título de eleitor
No Brasil, todos os cidadãos acima de 18 anos são obrigados a votar, porém, aqueles com 16 e 17 anos também podem exercer este direito, se quiserem. Mas, para isso, há algumas regras e datas que você deve estar atento!
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, todos aqueles que vão completar 16 anos até o dia 2 de outubro de 2022 - quando ocorre o primeiro turno das eleições gerais - têm direito a retirar o título.
O prazo para tirar o documento vai de janeiro até 4 de maio de 2022, dia do fechamento do cadastro eleitoral. Tente não deixar para a última hora e ajude a fazer a diferença no nosso país!
5 acontecimentos políticos de 2021
De vergonha nas Nações Unidas até direito das minorias políticas no Brasil, veja cinco fatos políticos desse ano que passou que vão te dar vontade de pesquisar e votar, a fim de eleger melhores candidatos.
Participação de Bolsonaro na ONU
Vários líderes políticos foram à Assembleia das Nações Unidas em setembro de 2021. Até mesmo o BTS marcou presença no evento internacional. Porém, a participação do presidente Jair Bolsonaro foi uma verdadeira decepção. Além de manipular dados para destorcer a verdade - e fazer com que o Brasil aparentasse estar em uma situação bem melhor do que está -, o político, agora filiado ao Partido Liberal, também defendeu mais uma vez o tratamento precoce para a Covid-19.
Revelações da CPI da Covid
Acompanhar a CPI da Covid virou um verdadeiro evento para os brasileiros. Com brigas, barracos e confusões, era quase como um reality show. Mas coisas extremamente sérias aconteceram por lá também. Foi dito que Jair Bolsonaro foi instruído por profissionais que não são da área de saúde a defender o tratamento precoce, foi relatado o descaso do governo com a vacina - que ignorou diversas tentativas de contato da farmacêutica Pfizer -, e ficou claro a intenção de lucrar em cima da vacinação e, consequentemente, das vidas dos brasileiros.
Votação do marco temporal
O marco temporal é um dos assuntos que está em votação no STF, que discute se a demarcação de terras indígenas deve seguir critério em que a população só teria direito às terras que ocupavam até a Constituição de 88. Até agora apenas dois ministros votaram, incluindo Edson Fachin, que se mostrou contrário ao marco e à favor da população indígena reinvindicar mais terras.
Durante evento da última quarta-feira (14), Bolsonaro chamou o ministro de "leninista" e afirmou: "Se perdermos, eu vou ter que tomar uma decisão". O interesse do presidente em continuar no marco temporal de 88 vem, principalmente, do fato de que a demarcação de terras indígenas interfere nos planos de grandes empresários do agronegócio no Brasil.
Morte de Kathlen Romeu
Kathlen Romeu era uma jovem negra de 24 anos que estava grávida e morreu baleada durante ação da Polícia Militar na comunidade do Lins, na cidade do Rio de Janeiro, em junho deste ano. Relatório da investigação liberado nesta semana comprovou que a bala veio, de fato, de alguém da PM. Ela é apenas uma das várias vítimas - em sua grande maioria preta e pobre - da violência policial.
Estudo divulgado na última terça-feira (14) pela Agência Brasil analisou o perfil das pessoas que foram assassinadas por policiais em 2020 em seis estados brasileiros e comprovou que 82,7% eram negros. Levar a violência policial a sério é um dos principais deveres de nossos governantes e, por isso, é um assunto que deve estar presente nos discursos de seus candidatos para 2022.
Crise nas universidades
Com tantos acontecimentos infelizes durante 2021, você pode não se lembrar, mas as universidades públicas passaram por verdadeiros perrengues no primeiro semestre - que continuam até hoje. Em maio, devido aos cortes orçamentários, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), estava seriamente ameaçada e com riscos de fechar as portas.
A universidade é uma das maiores do Brasil, o que deixa claro o descaso do governo com a educação pública de qualidade. Sem faculdades como a UFRJ, grande parte da população não tem acesso ao ensino superior, o que está diretamente ligado à vulnerabilidade das famílias mais pobres.
Viu quanta coisa está em jogo na próxima eleição? Sabemos que nada disso se muda da noite para o dia, mas o primeiro passo é votar com consciência, em representantes que desejam lutar pela maioria dos brasileiros - e não pelos empresários milionários que não representam nem 1% da nossa população!
Não esqueça: se você vai fazer 16 anos até 2 de outubro de 2022, você tem até maio para emitir o seu título de eleitor!