Mais uma vez, Jair Bolsonaro virou pauta nas redes sociais nesta sexta-feira (20). O ministro das Comunicações, Fábio Faria, explicou que Elon Musk, o empresário por trás da Tesla, faria uma visita ao Brasil e aproveitaria para ter uma reunião com o atual presidente da república.
Ainda de acordo com o ministro, o tema da conversa seria a ampliação de rede Wi-fi em escolas rurais. Formas de intensificar o monitoramento do desmatamento ilegal na Amazônia também entraram em pauta.
Vem entender melhor essa reunião e por que Elon Musk pode ser uma ameaça à nossa natureza e democracia!
O empresário, que é declarado o homem mais rico do mundo, fez anúncio no Twitter sobre sua viagem e as intenções por trás da visita. Além de encontrar o ministro Fábio Faria, como dito, Musk teve reunião com o presidente.
De acordo com o CEO, mais de 19 mil escolas rurais não conectadas à internet serão alcançadas pela rede Starlink. Além disso, a defesa da floresta brasileira, teoricamente, entrou em pauta.
Enquanto muitos defensores do presidente acreditam que a iniciativa - justamente durante ano de eleição - veio para mudar o Brasil e aumentar o acesso à internet no país e a proteção da nossa floresta, outres encararam com suspeitas.
Vale lembrar que o negócio de Elon Musk, dentre outras frentes, trata de carros elétricos e necessita de alto fornecimento de níquel. O mineral é encontrado na Amazônia, facilitando a exploração do ambiente, uma vez que o empresário usará a sua própria tecnologia para monitoração.
Além disso, no começo de maio, o bilionário fechou contrato de longo prazo com a empresa brasileira Vale, com foco justamente no fornecimento de níquel. Ou seja, a atenção de Musk pelo Brasil pode ser justificada, principalmente, por motivos mercadológicos.
Outro ponto que vale a atenção é que, apesar de ser um ferrenho defensor da liberdade de expressão, o CEO da Tesla se envolveu em grande polêmica, em 2020, ao falar sobre as eleições na Bolívia: "Nós daremos golpe em quem quisermos. Aceite isso". Um pouco depois, Elon Musk apagou o tweet.
Mais uma vez, a extração e exploração de outra substância, presente na América do Sul - o lítio - também estavam em pauta durante a polêmica.