Nós vivemos em uma sociedade que não só reproduz, como incentiva, várias ações e pensamentos preconceituosos. Por isso, é comum que expressões racistas ainda sejam usadas no dia a dia ou até mesmo falas homofóbicas escapem das pessoas mais "desconstruídas".
Mas por que é comum, não quer dizer que está tudo bem! O "BBB22" pode não ter servido em barracos, mas nos ensinou uma grande lição: a minoria não tem nenhuma obrigação de ensinar sobre o respeito. A vontade tem que vir do outro lado e cometer erros está cada vez mais inaceitável.
Por isso, no Dia Internacional Contra a LGBTFobia, comemorado nesta terça-feira (17), fizemos um quiz especial para saber se, mesmo sem querer, inconscientemente, você já foi preconceituose com a comunidade LGBTQIAP+! Acredite, acontece com as melhores pessoas.
Faça o teste e fique atente!
Afinal, por que em 17 de maio é comemorado o Dia Internacional Contra a LGBTfobia? Já sabemos que essas escolhas trazem explicações especiais e não seria diferente em um dia tão importante. Dentre várias razões, hoje completa 32 anos que a Organização Mundial de Saúde retirou a "homossexualidade" no Código Internacional de Doenças.
Assim, a prática de usar o sufixo "ismo" na palavra - como "homossexualismo" ou "não-binarismo" - se tornou ainda mais grave, já que é uma composição usada para nos referirmos a doenças. E ter uma orientação sexual ou identidade de gênero que escapa da norma hétero e cis não é - nem nunca vai ser - doença!
Temos tantas produções com foco na comunidade LGBTQIAP+, né? "Heartstopper" é o maior sucesso na Netflix! Não é possível que o mundo seja, ainda, tão preconceituoso. Mas é, a sociedade ainda é muito diferente da nossa bolha. E quem prova isso são os próprios dados.
Números da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais, divulgados pela Fundo Brasil, mostram que mais de 20 milhões de brasileires se identificam como LGBTQIAP+. E, desses, 92,5% das pessoas relataram um aumento na violência nos últimos anos - segundo outra pesquisa, feita pela Gênero e Número, com apoio da Fundação Ford.
Isso pode estar associado a muitas questões, mas algo que vale ressaltar foi a eleição de 2018, que colocou como presidente uma pessoa que teve falas abertamente LGBTfóbicas e racistas. Ou seja, para fazer nossa parte, precisamos ir além de compartilhar posts legais em datas significativas, mas votar com consciência e eleger representantes que estão do lado certo da história.
A gente espera que, em 2023, existam mais motivos para comemorar o Dia Internacional Contra a LGBTFobia!