Sam Smith é referência para a comunidade LGBTQIAP+, mas isso vem com um grande custo. E cantore, que se assumiu não-binaérie em 2019, lançou seu 4ª álbum "Gloria", na última sexta-feira (27), e teve uma longa conversa com Zane Lowe, do Apple Music, sobre sua vida pessoal e profissional.
Em um dos momentos, Sam relembra uma das violências que viveu, quando chegou a levar cuspe na cara na rua. Porém, isso não faz com que elu desanime, permanecendo disposte a lutar por igualdade e um mundo sem homofobia e transfobia. Veja os destaques da entrevista!
Sam Smith relembra assédio de público: "Cuspiram em mim"
Sam Smith já deixa claro que seus amigos e família só dão amor e apoio! O problema, na verdade, está com as outras pessoas. "As únicas fontes de negatividade estão na minha vida pública e no meu trabalho. Eu sou assediade verbalmente na rua mais do que nunca. Já cuspiram em mim uma vez. E isso está acontecendo comigo, que sou famose, uma estrela do pop... Dá para imaginar o que acontece com outras crianças queer? É muito triste que estamos em 2023 e isso ainda aconteça", afirma e artista, que é exemplo para não-bináries em todo mundo.
Elu ainda relembra críticas que ouviu, após se assumir, de pessoas que acreditavam que "a nova identidade" poderia estar afetando sua carreira musical. "As pessoas me falaram que o que eu estava fazendo, o jeito que estava vivendo minha vida estava atrapalhando minhas vendas. Isso é homofobia e transfobia, que é estrutural e está nas pessoas", explica Smith.
Sam ainda aponta que, nem sempre, os comentários vêm de lugares de ódio. "Até mesmo pessoas adoráveis e progressistas, que me amam, dizem coisas que eles nem percebem que magoam", diz. Ou seja, vale sempre ficar atente a comentários não solicitados e "piadas" que têm potencial de machucar alguém.
E cantore também provou que a teoria estava errada. Com seu novo sucesso, "Unholy", presente no álbum "Gloria", elu se tornou e 1ª artista não-binárie a alcançar o 1º lugar na Billboard Hot 100. Kim Petras, que participa da faixa, também fez história ao se tornar a primeira mulher trans a bater a meta.