Você já sentiu como se, a qualquer momento, todo mundo fosse descobrir que você não é tão inteligente e talentose como acham que é? Ou que, assim que te conhecerem melhor, finalmente vão saber que você não merece aqueles elogios? Sinto dizer, mas você pode estar sofrendo com a Síndrome do Impostor, uma condição muito associada à baixa autoestima e percepção errada sobre si mesme.
Mas não se preocupe, porque é mais comum do que parece - e tem solução. A própria Bruna Marquezine, atriz, modelo, influencer e tudo mais, falou sobre o sentimento no podcast "Mamilos", que foi ao ar na última segunda-feira (15). Ou seja, até aquela pessoa que você acha incrível, maravilhosa e sem defeitos pode estar sofrendo com o problema.
Vem ver o que Bruna Marquezine falou sobre sua experiência, o que é - de fato - a condição e descobrir em nosso teste se você tem tendência à Síndrome do Impostor!
Além de revelar que participou do teste para ser a SuperGirl no filme "The Flash", Bruna Marquezine fez outras declarações para lá de importantes no podcast, incluindo sobre sua Síndrome de Impostora, que era exatamente o tema do episódio. Para isso, a atriz relembrou de um período específico de sua vida, quando as gravações para sua nova série com a Netflix, "Maldivas" - que estreia em 2022 - foram pausadas pela pandemia.
"Começei a repensar minha performance [na série] e cheguei a conclusão que tinha feito uma grande bosta, que tava tudo péssimo! E aí começa a surgir aquela insegurança e ansiedade. Comecei a pensar que durante 15 anos de carreira, eu enganei todo mundo e seria nessa série que todo mundo se daria conta. Que a única personagem de sucesso na minha carreira foi a Salete", afirmou Bruna.
Infelizmente, esse padrão de pensamento não é raro no dia a dia de Marquezine, que mesmo sendo uma profissional muito bem-sucedida, ainda sofre com inseguranças, como qualquer pessoa. "Começo a afirmar coisas muito cruéis ao meu respeito e me convencer delas. E isso me traz uma segurança, porque se eu me coloco em um lugar de 'eu sou ruim, eu sou incapaz', eu já adiantei o meu fracasso. Já acabei com as expectativas de todo mundo, já avisei que vai dar errado", diz a jovem.
A sensação constante de poder ser "descoberte" ou que você sabe, lá no fundo, que não é tão talentose assim tem nome... É a Síndrome do Impostor!
O termo surgiu na década de 1970 e foi mencionado pela primeira vez pelas psicólogas Pauline Clance e Suzanne Imes. Em estudo, as profissionais procuraram explicar a condição que faz com que a pessoa se sinta uma "fraude", com a sensação falsa de que não é inteligente ou capaz, apenas consegue "enganar" um grupo por determinado tempo. Para Clance e Imes, apesar da Síndrome afetar tanto homens quanto mulheres, a experiência é mais comum em mulheres - que constantemente têm seu valor posto em dúvida pela sociedade.
Só que independente de gênero, a Síndrome do Impostor é muito comum! De acordo com a Universidade da Califórnia, quase 70% das pessoas já se sentiram uma "fraude" no trabalho em algum momento de sua vida. O mesmo vale, é claro, para notas na escola, trabalhos acadêmicos e até mesmo relações pessoais - por exemplo, "quando elu me conhecer mesmo, vai ver que eu não sou tão legal e vai parar de gostar de mim". É tudo extremamente cansativo e, aos poucos, vai minando a confiança e bem-estar da pessoa.
Vale lembrar que, diferente do transtorno de depressão ou da Síndrome do Pânico, a Síndrome do Impostor não é uma doença psiquiátrica, mas sim, um padrão de pensamentos que pode, ou não, estar associado a alguma patologia!
Faça nosso teste e descubra se você tem alguma inclinação para a Síndrome do Impostor!
Como falamos, a condição não é uma doença propriamente dita, porém, assim como muitos outros pensamentos nocivos que podemos ter - tem solução! Uma dica importante é cuidar de sua saúde mental e se atentar aos fatos.
Então, se você acha que aquele professor que te elogiou, na verdade está sendo enganado pela sua capacidade em se fingir inteligente, pense assim: o que é fato? O que é palpável? No caso, o elogio é algo incontestável. Você foi elogiade! Agora, a rejeição e decepção são coisas na sua cabeça, que ainda não tomaram forma - e provavelmente não vão.
Além disso, é claro, acompanhamento psicológico pode - e deve - ser uma opção! Além de entender por que a pessoa tende a se sentir uma fraude, psicólogos podem auxiliar, compreendendo a rota de pensamentos, gatilhos mentais e ajudar e reformular alguns padrões cerebrais que acabam com nossa autoestima e confiança!