"Pantanal" é um fenômeno. A novela das 21h da Globo segue fazendo muito sucesso e dando orgulho para a emissora. O folhetim é um remake da produção da TV Manchete que deu o que falar nos anos 1990. A nova versão tentou se manter bem fiel aos acontecimentos do título original, mas houveram algumas atualizações para refletir o mundo atual e mudanças que intrigaram o público. Confira 7 diferenças do remake para a novela original!
Boa parte des fãs de "Pantanal" está chateada com os rumos que Juma Marruá (Alanis Guillen) tomou na trama. A protagonista parece estar sendo cada vez mais infantilizada e perdendo sua personalidade forte, principalmente por conta do triângulo amoroso envolvendo Jove (Jesuíta Barbosa) e José Lucas (Irandhir Santos). Na primeira versão, ela é assediada pelo irmão de Jove e não desenvolve sentimentos por ele, o que torna a história menos confusa e dá outro foco para a personagem.
O desfecho de Levi (Leandro Lima) também foi um pouco diferente no folhetim da Globo. Se na trama dos anos 1990 o peão levou um tiro de Tibério e, por conta disso, caiu no rio cheio de piranhas, no título de 2022 o rapaz não só deixou de atirar nele, como tentou salvar Levi das piranhas.
Uma mudança interessante em "Pantanal" foi colocarem Jove para ser vegetariano. O par romântico da protagonista tem vivências bem diferentes da população do lugar onde seu pai reside, já que cresceu na cidade grande. Então, quando chega ao Pantanal para conhecer José Leôncio (Marcos Palmeira), ele logo é visto com estranheza por parte dos moradores de lá. Jove não se preocupa em performar uma masculinidade tão viril, usa roupas bem distintas e, na versão atual, não come carne.
Além disso, o personagem da novela da Globo responde de forma bem menos ácida aos comentários feitos pelo seu pai e seus colegas. No folhetim original, Jove era conhecido por ser um grande playboy, riquinho, bem respondão e ter um jeito sarcástico acentuado.
A família da amante de Tenório também passou por uma importante mudança. Na outra versão, Zuleica e seus filhos eram brancos, mas na novela da Globo eles são interpretados por atores negros. Isso traz toda uma nova camada de complexidade para a trama, ao abrir espaço para uma discussão racial.
Sim, a primeira versão de "Pantanal" já contava com um personagem gay. Só que o remake escrito por Bruno Luperi tentou dar uma abordagem mais séria ao peão, principalmente quando ele é vítima de homofobia na fazenda de Zé Leôncio. Enquanto o título de 1990 prezou por tratar Zaquieu de forma cômica, o folhetim atual foi atualizado para refletir essa pauta tão urgente.
Outra adaptação bem legal de "Pantanal" diz respeito a Madeleine (Karine Telles). A mãe de Jove era retratada como uma socialite nos anos 1990. Mas agora, com a chegada das redes sociais no século XXI, a personagem atuou como uma influenciadora digital.
Mais uma boa sacada da nova versão de "Pantanal" foi inserirem a questão das queimadas que afetam a região e se acentuaram de forma grave nos últimos anos, principalmente devido à falta de políticas públicas para proteger o local. A novela colocou cenas reais dos incêndios que afetaram o bioma drasticamente, em uma sequência bem dramática e forte.