Copa do Mundo 2022: protestos contra homofobia, racismo e machismo marcam jogos
Publicado em 21 de novembro de 2022 às 12:21
Por Luísa Silveira de Araújo
Jogo entre Inglaterra e Irã na Copa do Mundo 2022 foi marcado por protestos, nesta segunda-feira (21). Os jogadores levaram pautas sobre a comunidade LGBTQIAP+, racismo e direito das mulheres para o campo. A iniciativa vem mesmo após tentativa da FIFA de punir jogadores que se manifestassem durante os jogos. Vale lembrar que no Qatar, país sede da Copa, ser homessexual é crime. Confira mais sobre as manifestações!






Copa do Mundo 2022: protestos contra homofobia, racismo e machismo marcam jogos





Copa do Mundo 2022: protestos contra homofobia, racismo e machismo marcam jogos © Getty Images
Copa do Mundo 2022: disputa entre Inglaterra e Irã, nesta segunda-feira (21), trouxe protestos
Copa do Mundo 2022: capitão da Inglaterra, Harry Kane, usou braçadeira de "No Discrimination"
Qatar, sede da Copa do Mundo 2022, foi alvo de protestos por criminalizar a homossexualidade
Jogadores do Irã não cantaram hino, em defesa do movimento das iranianas, em 1º jogo da Copa do Mundo 2022
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A Copa do Mundo 2022 começou no Qatar no último domingo (20), com direito a apresentação musical de Jungkook, do BTS. Mas o clima de festa não durou muito - com razão! Os jogos desta segunda-feira (21) foram marcados por protestos dos jogadores, que se mobilizam contra às políticas discriminatórias do Qatar e dos seus próprios países.

A FIFA até tentou impedir as "polêmicas", proibindo que os participante usassem braçadeiras à favor da comunidade LGBTQIAP+ - já que homossexualidade é proibida no país. Porém, muitos burlaram a instrução, correndo risco de serem multados e punidos com cartão amarelo. Outros temas, como machismo e racismo também foram abordados. Confira tudo o que rolou!

Inglaterra protesta contra discriminação na Copa

A escolha do Qatar para sediar a Copa do Mundo causou debate, principalmente porque o país compactua com políticas e legislações extremamente discriminatórias. Por isso, muitas seleções se comprometeram a jogar com braçadeiras em homenagem à comunidade LGBTQIAP+, que é perseguida no país sede.

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A FIFA, porém, proibiu a iniciativa, ameaçando punir jogadores com cartões amarelos na partida e até mesmo multas. Segundo o Globo, a proibição impediu com que 7 times protestassem, mas alguns corajosos ainda fizeram questão de mostrar sua opinião.

O capitão da Inglaterra, Harry Kane, usou braçadeira escrita "No Discrimination" (ou seja, "Sem Discriminação") durante sua estreia na Copa do Mundo de 2022.

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Jogadores se ajoelham contra racismo antes do jogo

Outra manifestação, que partiu da Inglaterra, foi o ato de se ajoelhar, antes do jogo, em protesto contra casos de racismo. Isso aconteceu na partida contra o Irã, marcando a estreia dos ingleses no Mundial, mas já é uma prática adotada pela seleção há bastante tempo.

O técnico do time, Gareth Southgate, já havia explicado em coletiva que a ação, que acontece desde 2020, fala sobre o assassinato de George Floyd, nos Estados Unidos. Na época, o homem, que era preto, estava desarmado e, mesmo assim, foi sufocado em uma abordagem policial. A Inglaterra planeja se ajoelhar, em protesto, em todos os jogos que participar na Copa do Mundo 2022.

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Iranianos não cantam hino em defesa aos direitos das mulheres

Como já sabemos, vários protestos feministas no Irã marcam o país há alguns meses. E foi exatamente essa seleção que protestou, em jogo contra Inglaterra. Os jogadores iranianos não cantaram o hino nacional antes da partida, e na arquibancada muitos torcedores levaram cartazes em apoio à causa das mulheres.

Desde setembro, iranianos têm sido perseguidas por uso inadequado do hijab - inclusive com assassinatos de algumas jovens. Desde então, manifestantes tomam as ruas, exigindo igualdade de tratamento entre homens e mulheres.

Palavras-chave
Copa do Mundo Diversidade Racismo Homofobia LGBTQIAP+ Política