O termo Pink Money ficou bastante em alta esta semana após uma declaração de Vitão em entrevista à "Quem", onde também comentou a respeito de sua autoestima abalada por haters e fim de namoro com Luísa Sonza. De acordo com o artista, ele gosta de "causar espanto" - no bom sentido - quando o assunto foi sua mudança de estilo e o fato de ter adotado maquiagem ao seu visual, além das roupas sem gênero.
"Gosto de causar espanto no bom sentido, de alguém falar: 'Nossa, mano, ele está vestindo assim mesmo? Ele teve a moral de colar no bagulho assim?'. De sustentar e trazer essa comunicação da liberdade. De a gente poder ser e existir da forma que tem vontade naquele dia", começou.
"A gente pode mudar de ideia num dia e ser outra coisa. O ser humano é mutável, tudo muda da noite para o dia e a gente vive em uma constante mudança em tudo. Por que não podemos admitir isso para nós mesmos? Tenho trazido isso para mim e comunicar isso para as pessoas. (Ainda há) Um público muito conservador, muito machista e muito homofóbico. Que quer bater na tecla do ódio. São esses os momentos que tenho mais vontade ainda de ousar", afirmou Vitão.
Não demorou muito para que a declaração do músico, de 22 anos, repercutissem pelas redes sociais. A entrevista rendeu polêmica e alguns internautas chegaram acusá-lo de estar fazendo "Pink Money", ou seja, lucrando dinheiro a custos da comunidade. No entanto, outros acreditam que ele seja um aliado. Mas o que esse termo quer dizer e qual é sua ligação às pessoas LGBTQIAP+? O Purebreak te explica agora!
O termo "Pink Money", ou "Dinheiro Rosa" na tradução, é usado para se referir ao poder de compra da comunidade LGBTQIAP+. Ele evoluiu no mercado para uma economia de sucesso em muitas partes do mundo ocidental, incluindo os Estados Unidos e o Reino Unido, devido ao surgimento do movimento em luta pelos seus direitos.
O "Pink" ou "Rosa", refere-se ao triângulo rosa, que se tornou um símbolo do movimento pelos direitos depois de ser usado como distintivo para identificar gays nos campos de extermínio nazistas. Quando o movimento cresceu em força, optou por recuperar o símbolo como um ícone bem conhecido. Dessa forma, muitos empreendimentos, incluindo boates, lojas, restaurantes e até táxis, agora atendem especialmente a clientes LGBTQIAP+.
Segundo o portal G1, uma pesquisa do IBGE constatou que a comunidade LGBTQIAP+ movimenta cerca de R$ 150 bilhões por ano somente no Brasil. O fundador da LGBT Capital, Paul Thompson, explica em entrevista a Isto É Dinheiro: "Sem filhos em sua maioria, os casais homossexuais têm sua renda revertida para cultura, lazer e turismo".