O novo Presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou mais ministros para o seu governo, nesta quinta-feira (22). Um deles foi Anielle Franco, que, a partir de 2023, será ministra da Igualdade Racial - uma pauta importante e que promete voltar a ganhar destaque no 3º mandato de Lula.
Pelas redes sociais, Anielle agradeceu ao convite e explicou o que a motivou a aceitar a proposta, falando sobre a realidade de "mais de 115 milhões de pessoas negras no Brasil": "São maioria da população e que precisam de um governo que se preocupe com os seus direitos de bem viver, de oportunidades, com segurança, comida, educação, emprego, cultura, dignidade", escreveu Franco.
Vem conhecer mais sobre Anielle Franco com estes 5 fatos sobre a ministra!
O nome de Anielle é muito conhecido e não é à toa. A jovem de 37 anos é irmã de Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro pelo Psol, que foi assassinada em março de 2018, e era uma grande representação política para mulheres LGBTQIP+ pretas no Brasil. A nova ministra também é diretora do Instituto Marielle Franco, criado em homenagem à irmã.
Segundo o Globo, Anielle é jornalista e tem mais diplomas em seu currículo. Além de se formar em Jornalismo e Inglês pela Universidade Central da Carolina do Norte, ela é mestre pela Universidade da Flórida e, atualmente, está cursando o doutorado.
Anielle também foi uma das colaboradoras para autobiografia de Angela Davis, um dos maiores nomes do feminismo negro do mundo. O livro foi lançado em 2019 e é um dos trabalhos que conta com Franco nos créditos. A jornalista também organizou a obra "Cartas para Marielle" e lançou, em dezembro, seu novo livro: "Minha Irmã e Eu".
Assim como Marielle, Anielle nasceu e foi criada no Complexo da Maré, que reúne várias favelas na Zona Norte do Rio de Janeiro. Infelizmente, o local é marcado por violência policial e operações fatais, que assassinam muitos moradores, em sua maioria negros, que tantas vezes não estão relacionados ao tráfico ou à milícia.
Antes de ser anunciada como ministra, Anielle Franco já havia trabalhado para o novo governo de Lula, na equipe de transição. Assim, ela auxiliou no momento que marca a saída de Bolsonaro e a entrada do novo Presidente. Na época, Anielle tratou de políticas específicas para mulheres brasileiras.